Doença do Refluxo Gastroesofágico – DRGE

Trata-se de uma alteração bastante comum, que provavelmente será vivenciada por todos em algum momento da vida, ainda que de forma esporádica.

Quando comemos os alimentos passam pelo esôfago, que nada mais é do que um tubo, e vão para o estômago para dar continuidade ao processo de digestão que se iniciou na boca.

No estômago são lançadas diversas enzimas na forma de sucos gástricos para digerir o alimento. Mas por que as enzimas não agridem o próprio estômago?! Porque a mucosa gástrica NORMAL, que é a parte interna do órgão, está preparada para o contato com essas secreções.

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E como acontece o refluxo? Quando o alimento passa do esôfago para o estômago ele não faz o caminho inverso porque existe uma válvula composta por musculatura (esfíncter) que fecha essa passagem. Então o refluxo ocorre quando essa válvula não funciona direito permitindo esse retorno do alimento com secreções super ácidas.

A mucosa do esôfago, diferente da do estômago, não está preparada para o contato com essa secreção acarretando uma agressão tão forte que é percebida como queimação, azia, tosse, dor e pode causar danos preocupantes que vão desde esofagites até lesões pré-cancerígenas.

As causas são várias, mas sabemos que  comportamento, hábitos alimentares e de vida tem grande influencia na melhora do refluxo e consequentemente dos sintomas.

Quando tratamos com os famosos Omeprazol, Pantoprazol não diminuímos o refluxo mas sim a acidez da secreção, melhorando os efeitos maléficos e os sintomas.

Para diminuir ou até mesmo acabar com o refluxo as terapias mais aceitas são as medidas comportamentais, que serão discutidas no próximo post, e a cirurgia, que fica reservada para casos mais graves e/ou sem melhora com tratamento clinico.


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